Live music: Céu, Karol Conka e Supultura dividem seus cases de sucesso
Diferentes trajetórias e estilos musicais, mas a mesma conquista: sucesso no Brasil e no exterior. Andreas Kisser, do Sepultura, e as cantoras e compositoras, Céu e Karol Conka emocionaram a plateia do Brasil Music Summit (BMS) contando as dificuldades e vitórias de suas bem-sucedidas carreiras. As apresentações aconteceram durante os dois dias dedicados a live music, 8 e 9 de fevereiro.
O evento, que aconteceu de 6 a 9 na Unibes Cultural, é promovido pela Brasil Música & Artes (BM&A) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), por meio do programa Brasil Music Exchange (BME), contou com mais de 500 congressistas, além de 1400 pessoas do público final, que foram assistir aos shows.
“Quisemos trazer histórias inspiradoras e, ao mesmo tempo, realizar workshops com temas práticos que são fontes de dúvidas entre os profissionais, como vistos e taxas para a execução de shows no exterior”, comenta o diretor da programação de live music, André Bourgeois, CEO da Urban Jungle.
Andreas falou sobre a ascensão internacional do Sepultura, certamente uma das bandas brasileiras que mais realizou shows internacionais, merecendo até mesmo um documentário na Netflix.
Em um bate-papo com André, que também é seu empresário, a cantora Céu relembrou desde o começo da carreira, quando tocava em casas noturnas da Vila Madalena e da Rua Augusta, até o momento em que se apresentou em grandes festivais, como o Coachela, e a presença entre as 200 mais tocadas da Billboard nos Estados Unidos em 2007. “Quando estávamos fazendo a nossa distribuição independente e colocando os discos em caixa, recebemos uma notícia dessas. Foi incrível. A gente vendia 10 mil discos por semana na época”, relembra André.
Entrevistada por Evandro Fióti Roque de Oliveira, da Laboratório Fantasma, Karol Conka relembrou não apenas momentos emocionantes da carreira, mas também comentou a sua marca como ícone do empoderamento feminino. “Uma vez a minha mãe me perguntou de onde que eu tiro tanta informação para escrever. Eu falei para ela que eu observo muito e tudo para mim é uma poesia”, descreveu.
Duas mesas redondas também tiveram como objetivo elucidar as dúvidas do público em debates relevantes para os profissionais de live music. No debate “O que vem primeiro: o selo ou o booker?”, representantes de selos/gravadoras e booking agencies debateram como amarrar parcerias para se ter a melhor representação no exterior, especialmente no que diz respeito à venda de shows e divulgação/lançamento de suas músicas.
Os representantes dos festivais internacionais e centros culturais presentes no evento - Barbican Center, Montreal Jazzfest, Festival d’été de Québec, Festival POP Montréal, Festival Rencontres Trans Musicales, Festival Les Suds à Arles e Les Escales Festival - se reuniram em um painel no qual explicaram o que levam em conta na hora e selecionar artistas para os seus lineups. Entre as dicas, está a realização de uma boa apresentação digital da banda de forma rápida e clara, mostrando a essência da música.
O evento se encerrou com a palestra de Renato Martins, jornalista, pesquisador musical e fundador do selo/blog Funk na Caixa, que contou a história do funk, um dos gêneros musicais mais impactantes do mundo.
Showcases
O Brasil Music Summit (BMS) reuniu 23 apresentações musicais em quatro dias de programação no BMS Festival. Além dos congressistas, os shows foram abertos ao público final, sendo assistidos por cerca de 1400 pessoas.
O lineup foi selecionado por uma comissão de profissionais do Brasil e do exterior e teve nomes como Céu e Karol Conka, além de Tássia Reis, Xenia França, Luedji Luna, Drik Barbosa, Barbatuques, Höröya, Boogarins, Teto Preto, Josyara, Beto Villares, Mestrinho e Nicolas Krassik, Quarteto Roda de Choro, Filó Machado, Gabriel Grossi, Tuyo, Felix Robatto, Black Mantra, Autoramas, Rakta, Maria Beraldo e Ricardo Herz Trio.
A próxima edição do BMS acontece nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2020 e São Paulo e a programação continua nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro no Recife como parte do Porto Musical.
Sobre o BME
O Brasil Music Exchange (BME), projeto de exportação de música brasileira, é realizado por meio de uma parceria entre a Brasil, Música & Artes (BM&A) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), promove o Brasil Music Summit.