Para colocar na playlist: confira uma seleção de nomes do jazz brasileiro
Originado no século XIX e nas tradições da música tribal, o Jazz é um estilo que se mantém relevante até hoje tanto no mainstream, quanto no underground. Foi em Nova Orleans, cidade americana marcada pela mistura de etnias, que o gênero se popularizou, evoluiu e se tornou um dos mais celebrados no mundo inteiro. No Brasil, é claro, a história não é diferente.
Com o Jazzahead! cada vez mais próximo e a presença da música brasileira confirmada no evento, preparamos uma lista com cinco artistas que estão chamando atenção na cena e merecem estar na sua playlist. Vamos lá?
Anna Setton
Após 14 anos cantando na noite de São Paulo, Anna Setton lançou em 2018 seu primeiro disco de estúdio, homônimo. O trabalho foi produzido pelo violonista Swami Jr. e ainda traz Anna cantando composições criadas pelo pianista Edu Sangirardi com o letrista André Goldfeder.
O álbum conta com sete músicas originais e novas versões de grandes padrões brasileiros (escritos por Caetano Veloso e Dorival Caymmi) e o notório Nature Boy (eden ahbez), renascido com um novo arranjo. De acordo com a própria artista, sua música tem forte influência pelo jazz e ritmos brasileiros como samba, baião, choro e ijexá.
Anna é uma das atrações da noite brasileira no Jazzahead!. Ouça seu disco logo abaixo:
Caixa Cubo
A banda, que também toca no evento alemão, está em atividade desde 2007 e já tem quatro discos de estúdio na bagagem. O mais recente é Saturno, lançado em 2018, no qual Fideles, Gomide e Stroeter trabalham em cima de improvisações, transitando entre sintetizadores, teclados, baixo elétrico e vários outros instrumentos. Nos últimos anos, o grupo esteve em turnê entre o Brasil e a Europa, passando por palcos de festivais como Jazz à Vienne (França), Riverboat Festival (Dinamarca), Anton Philip Hall (Holanda), A-Trane (Berlim) e Jazzkeller (Frankfurt).
O Caixa Cubo se descreve como uma “pesquisa sobre a música brasileira contemporânea”, e você pode ouvir o álbum mais recente do grupo logo abaixo.
Dani Gurgel
Especialista na técnica de canto chamada scat singing, Dani Gurgel é artista de jazz, fotógrafa, diretora de vídeo e várias outras coisas. Além da carreira solo, ela também está no Dani & Debora Gurgel Quarteto (apelidado pelos fãs japoneses de DDG4), que já tem 7 discos na bagagem e grande apelo internacional.
Em 2019, o grupo lançou “Rodopio”, que além do Jazz também traz elementos da MPB (Música Popular Brasileira) e outros ritmos brasileiros em sua sonoridade. Ouça logo abaixo!
Pedro Martins
Jovem guitarrista de Brasília, Pedro Martins já impressionou grandes nomes como Eric Clapton com sua musicalidade e versatilidade dentro do Jazz.
Em 2015, Pedro foi o vencedor da competição de guitarra no Montreux Jazz Festival, na Suíça, chamando atenção do grande Kurt Rosenwinkel. O músico americano convidou Martins para sua banda, onde permanece até hoje, e dessa parceria veio também o convite para o brasileiro tocar no festival Crossroads Guitar, organizado por Clapton.
A discografia teve início em 2010 com “Sonhando Alto”, quando o músico tinha apenas 17 anos. Seu trabalho mais recente é “VOX”, em que um Pedro de 27 anos se mostra cada vez mais maduro em sua arte e disposto a levar seu Jazz embalado para outros países. Ouça o álbum no player abaixo!
Silibrina
Quem também lançou disco em 2019 foi o Silibrina, banda criada por Gabriel Nóbrega que faz uma boa mistura do Jazz e Fusion com ritmos brasileiros como o Frevo, Maracatu e Baião. O caldeirão de estilos é resultado, também, do fato de os membros do grupo serem de vários lugares do Brasil, combinando suas diversas influências em um só compasso.
“Estandarte” é o segundo disco de estúdio do grupo, que estreou com “O Raio” em 2017. O Silibrina já rodou o mundo com seus shows, fazendo fãs por onde passa. Ouça “Estandarte” a seguir!